Trabalho em um centro de saúde bem na periferia de Campinas e, de vez em quando, aparecem mais do que crianças para eu atender...
... hoje deixaram uma gata frajola que ficou andando pelos corredores, miando. Quando vi, a coitada estava dentro do lixo de papel e uma funcionária gritava que "tinha uma coisa preta no banheiro". Fui lá e achei uma gatinha bebê miando desesperada. Peguei no colo e já perguntei quem ia ficar com ela, pois lá tem gente que adora bichos.
Uma funcionária falou que queria, mas não podia levá-la pra casa hoje. Então falei que a traria pra casa e devolveria amanhã, com a caixa de transporte, vacinada, vermifugada e de banho tomado.
Eis que cheguei na clínica e descubro que:
1) Pit bulls detestam outro animal em seu território (e a funcionária tem um pit bull velho desdentado)
2) A gatinha (que agora atende pelo nome de MAYA) tem aproximadamente 2 meses e meio
3) E pesa 800g - não tem peso pra vacinação
4) Tá com a barriga inchada de vermes
Resultado: a Maya está dentro da minha área de serviço, depois de banho, Frontline e vermífugo, comendo Royal Canin Babycat e
dormindo dentro da bandeja de areia. Ou seja, foi separada da mãe muito novinha, não aprendeu a usar a bandeja. Também está isolada dos meus pretuchos, para não corrermos riscos desnecessários.
O problema: minha barriga tá que só cresce e já não consigo me manobrar dentro da área de serviço sem esbarrar em alguma coisa. Espero conseguir adotante rapidamente ou um lar temporário para que ela possa receber todo o carinho e cuidado que necessite. Afinal, ela já sofreu demais,
a molecada da rua cortou e queimou os bigodinhos dela e sabe lá o que aconteceu com a mamãe e os irmãos dela.
Não tirei foto porque ela parece uma ratazana arrepiada, depois do banho e o Frontline. Acho que amanhã vai sair bonitinha.